Estrategias de enfrentamento de adultos vítimas de acidente vascular cerebral e sua relação com o ajustamento psicológico

Coping strategies of adults stroke victims and its relations with psychological adjustment

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17081/psico.23.43.3379

Palabras clave:

acidente vascular cerebral, estratégias de enfrentamento, adaptação psicológica

Resumen

Objetivo: Identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por pessoas com AVC e analisar como elas atuam no processo de ajustamento após o Acidente vascular Cerebral.

Método: Participaram deste estudo 23 pessoas que sofreram AVC há pelo menos seis meses. Como instru-mento utilizou-se uma entrevista semiestruturada e um questionário sociodemográfico que foram anali-sados com o auxílio do Software IRAMUTEQ, através da Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e a análise de contrastes.

Resultados: Os resultados geraram um dendrograma com três categorias que representaram o foco da estratégias de enfrentamento (Foco no problema, na emoção e Suporte Social) e oito Classes que mostrou as principais estratégias de enfrentamento utilizadas pelas vítimas de AVC, a saber: classe 1 – Busca pela reabilitação (40 % dos segmentos de palavras); classe 2 – Superação das sequelas (29,7 %); classe 3 - Reorganização financeira (31,3 %); Classe 4 – Fé para enfrentar a culpa (37,0 % dos segmentos da classe); Classe 5 – Regulação emocional (63,0 %); Classe 6 – Reconhecimento da importância do apoio comunitário (47,4 % dos segmentos); Classe 7 – Ressignificação da vida laboral (27,0 %) e Classe 8 – Busca pelo suporte familiar (24,7%) . A análise de contrastes mostrou que pessoas com menos limitação tendem a buscar mais estratégias voltadas pra o problema do que para emoção.

Conclusiones: Não houve um tipo de estratégia que se sobressaísse das demais e que todas elas possuíam uma denotação positiva no ajustamento após AVC inclusive a longo prazo. Sugere-se que hajam mais estudos sobre enfrentamento possam ser realizados, principalmente aqueles com uma metodologia longi-tudinal, para suprir as limitações deste estudo

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Catiel Reis, Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bolsista Fapitec/CAPES

Docente da Uniages (Bahia, Brasil)

André Faro, Universidade Federal de Sergipe

Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS, Brasil). Pesquisador CNPq (Nível 2)

Citas

Addo, J., Ayerbe, L., Mohan, K. M., Crichton, S., Sheldenkar, A., Wolfe, C. D. A., & Mckevitt, C. (2012). Socieconomic Status and Stroke. Stroke, 23, 1186-1191. https://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.111.639732

Brasil. Ministério da saúde. (2015). Saúde Brasil 2014 : uma análise da situação de saúde e das causas externas (1st ed.). Brasília: Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2014_analise_situacao.pdf

Brito, H., Seidl, M., & Costa-Neto, S. (2016). Coping religioso de pessoas em psico- terapia: um estudo preliminar. Contextos Clínicos, 9(2), 202-215. https://dx.doi.org/10.4013/ctc.2016.92.06

Brito, R. G. De, Lins, L., Almeida, C., Ramos Neto, E., Araújo, P., & Franco, C. (2013). Instrumentos de Avaliação Funcional Específicos Para o Acidente Vascular Cerebral. Revista de Neurociências, 21(4), 593-599. https://dx.doi.org/10.4181/ RNC.2013.21.850.7p

Bulgarelli, A., Pinto, I., Mestriner, S., & Mestriner Junior, W. (2011). Apoio comunitário na atenção integral ao idoso: uma revisão integrativa sobre as publicações científicas entre 1997 e 2011. Revista Gaúcha de Odontologia, 59(4), 627-632. http://revodonto.bvsalud.org/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S198186372011000300011&l-ng=en&nrm=iso&tlng=pt

Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análisede dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513-518. https://dx.doi.org/10.9788/ TP2013.2-16

Clark, M., & Smith, D. (1999). Changes in family functioning for stroke rehabilitation patients and their families. International Journal of Rehabilitation Research, 22, 171-179. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10839670

Costa, F. A., Silva, D. L. A., & Rocha, V. M. (2011). Estado neurológico e cognição de pacientes pós-acidente vascular cerebral. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 45(5), 1.083-1.088. https://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000500008

Dasuqkhi, M., Sirajuddin, M., Sahri, M., & Khalid, M. M. (2013). Introducing Halalan Tayyiban Concept in Global Industry Practices: An Innovative Attempt 2. The Recent Halal Concept. International Proceedings of Economics Development and Research, 44-49. https://dx.doi.org/10.7763/IPEDR

Donnellan, C., Hevey, D., & Hickey, A. (2006). Defining and quantifying coping strategies after stroke: a review. Journal Neurological Neurosug. Psychiatry, 77, 1208-1218. https://dx.doi.org/10.1136/jnnp.2005.085670

Duncam, B., Chor, D., Aquino, E., Bensenor, I., Mill, J., Schimdt, M., … Barreto, S. (2012). Doenças crônicas não Transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Revista de Saúde Pública, 46(supl), 126-134. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000700017

Feigin, V. L., Forouzanfar, M. H., Krishnamurthi, R., Mensah, G. A., Connor, M., Bennett, D. A., … Naghavi, M. (2014). Global and regional burden of stroke during 1990-2010: Findings from the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet, 383(9913), 245-255. https://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(13)61953-4

Gellman, M. D., & Turner, J. R. (2013). Encyclopedia of behavioral medicine. Nova York: Springer.

Girardon-perlini, N. M. O., Hoffmann, J., Piccoli, D., & Bertoldo, C. (2007). Lidando com perdas: percepção de pessoas incapacitadas por avc. Revista Mineira de Enfermagem, 11(2), 149-154. http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/328

Gonçalves, L. D. O., & Ferreira, C. B. (2015). Coping em pacientes crônicos, cuidadores e profissionais de saúde. Revista da Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo, 16(1), 107-121.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167729702015000100009

Gross, J. J. (2013). Emotion Regulation: Taking Stock and Moving Forward. American Psychological Association, 13(3), 359-365. https://dx.doii.org/10.1037/a0032135

Guido, L. D. A., Fernanda, G., Pitthan, L. D. O., & Umann, J. (2011). Stress , coping and health conditions of hospital nursen. Revista Escola de Enfermagen da USP, 45(6), 1.427-1.431. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000600022

Hochman, B., Nahas, F. X., Oliveira Filho, R. S., & Ferreira, L. M. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cirurgica Brasileira, 20(Suppl. 2), 2-9. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-86502005000800002

Iglesias-rey, M., Acosta, M. B., Caamaño-isorna, F., Vázquez-rodríguez, I., Lorenzo, A., Lindkvist, B., & Domínguez-muñoz, E. (2013). How do psychological variables influence coping strategies in inflammatory bowel disease? Journal of Crohn’s and Colitis, 7(6), e219-e226. https://dx.doi.org/10.1016/j.crohns.2012.09.017

Kim, E. S., Park, N., & Peterson, C. (2011). Dispositional optimism protects older adults from stroke: The health and retirement study. Stroke, 42(10), 2.855-2.859. https://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.111.613448

Kuluski, K., Dow, C., Locock, L., Lyons, R. F., & Lasserson, D. (2014). Life interrupted and life regained? Coping with stroke at a young age. International Journal of Quali- tative Studies on Health and Well-Being, 9(1), 1-13. https://dx.doi.org/10.3402/qhw.v9.22252

Lazarus, R., & Folkman, S. (1984). Stress, Appaisal and Coping (1st ed.). Nova York: Springer Publisher company.

Lazarus, R. S. (2006). Emotions and interpersonal relationships: Toward a person-cen- tered conceptualization of emotions and coping. Journal of Personality, 74(1), 9-46. https://dx.doi.org/10.1111/j.1467-6494.2005.00368.x

Lima, P. V., Valença, T., & Reis, L. (2016). Envelhecer com independencia funcional: construindo estratégias de enfrentamento. Revista Pesquisa Em Saúde, 17(2), 96-101. http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/view/6082

Menezes, J. N., Mota, L. A. da, Santos, Z. M., & Frota, M. A. (2010). Repercussões psicossociais do Acidente Vascular Cerebral no contexto da família de baixa renda. Revista Brasileira de Promoção da Saúde, 23(1), 343-348. https://dx.doi.org/10.5020/18061230.2010.p343

Morgenstern, L. B., Sánchez, B. N., Skolarus, L. E., Garcia, N., Risser, J. M. H., Wing, J. J., … Lisabeth, L. D. (2011). Fatalism, optimism, spirituality, depressive symptoms, and stroke outcome: A population based analysis. Stroke, 42(12), 3.518-3.523. https://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.111.625491

Mozaffarian, D., Benjamin, E. J., Go, A. S., Arnett, D. K., Blaha, M. J., Cushman, M.,Turner, M. B. (2016). Heart disease and stroke statistics-2016 update a report from the American Heart Association. Journal Circulation, 133(4), e38-e60. https://dx.doi.org/10.1161/CIR.0000000000000350

Nijsse, B., Heugten, C. M. V., Marloes, L., Mierlo, V., Post, M. W. M., Kort, P. L. M., … Magnus, R. (2015). Neuropsychological Rehabilitation: An International Psycho-logical factors are associated with subjective cognitive complaints 2 months post-stroke. Neuropsychological Rehabilitation, 27(1), 99-115. https://dx.doi.org/10.1080/09602011.2015.1065280

Northcott, S., Moss, B., Harrison, K., & Hilari, K. (2016). A systematic review of the impact of stroke on social support and social networks: associated factors and patterns of change. Clinical Rehabilitation, 30(8), 811-831. https://dx.doi.org/10.1177/0269215515602136

Omu, O., Al-Obaidi, S., & Reynolds, F. (2014). Religious Faith and Psychosocial Adaptation among Stroke Patients in Kuwait: A Mixed Method Study. Journal of Religion and Health, 53(2), 538-551. https://dx.doi.org/10.1007/s10943-012-9662-1

Sacco, R. L., Kasner, S. E., Broderick, J. P., Caplan, L. R., Connors, J. J., Culebras, A.,… Vinters, H. V. (2013). An updated definition of stroke for the 21st century: A statement for healthcare professionals from the American heart associ- ation/American stroke association. Stroke, 44(7), 2.064-2.089. https://dx.doi.org/10.1161/STR.0b013e318296aeca

Sarenmalm, E. K., Browall, M., Persson, L., & Gaston-johansson, F. (2011). Relationship of sense of coherence to stressful events, coping strategies, health status, and quality of life in women with breast cancer. Psycho-Oncology, 22(1), 20-27. https://dx.doi.org/10.1002/pon.2053

Silva, J., Vila, V., Ribeiro, M., & Vandenbergue, L. (2016). Survivor’s perspective of life after stroke. Revista Eletrônica de Enfermagem, 18(4), 1-10. https://dx.doi.org/10.5216/ree.v18.34620

Stinear, C. (2010). Prediction of recovery of motor function after stroke. The Lancet Neurology, 9(12), 1.228-1.232. https://dx.doi.org/10.1016/S1474-4422(10)70247-7

Taylor, G. H., Todman, J., & Broomfield, N. M. (2011). Post-stroke emotional adjustment: a modified Social Cognitive Transition model. Neuropsychological Rehabilitation, 21(6), 808-24. https://dx.doi.org/10.1080/09602011.2011.598403

Terroni, L., Mattos, P., Sobreiro, M., Guajardo, M., & Fráguas, R. (2008). Depressão pós AVC: aspectos psicológicos, neuropsicológicos, eixo HHA, correlato neuro- anatômico e tratamento. Revista de Psiquiatria Clínica, 36(3), 100-108. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832009000900006

Visser, M. M., Heijenbrok-Kal, M. H., Van’t Spijker, A., Lannoo, E., Busschbach, J. J. V, & Ribbers, G. M. (2016). Problem-solving therapy during outpatient stroke rehabili- tation improves coping and health-related quality of life: Randomized controlled trial. Stroke, 47(1), 135-142. https://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.115.010961

Volz, M., Möbus, J., Letsch, C., & Werheid, K. (2016). The in fluence of early depressive symptoms, social support and decreasing self-efficacy on depression 6 months post-stroke. Journal of Affective Disorders, 206, 252-255. https://dx.doi.org/10.1016/j.jad.2016.07.041

Wolfenden, B., & Grace, M. (2009). Returning to work after stroke: a review. International Journal of Rehabilitation Research, 32(2), 93-97. https://dx.doi.org/10.1097/MRR.0b013e328325a358

Wong, P. T. P., Wong, L. C. J., & Scott, C. (2006). The positive psychology of trans- formation: Beyond stress and coping. In Wong, P. T. P., & Wong, L. C. J. (Eds.), Handbook of Multicultural perspectives on stress and coping. New York, NY: Springer.

World Health Organization. (2014). Global status report on noncommunicable diseases 2014. Geneva: World Health Association. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/148114/9789241564854_eng.pdf;jsessionid=ABABE521B68CA9FCC30AA391C6B33F7D?sequence=1

Descargas

Publicado

2020-01-01

Cómo citar

Reis, C., & Faro, A. (2020). Estrategias de enfrentamento de adultos vítimas de acidente vascular cerebral e sua relação com o ajustamento psicológico: Coping strategies of adults stroke victims and its relations with psychological adjustment. Psicogente, 23(43), 1–18. https://doi.org/10.17081/psico.23.43.3379

Número

Sección

ARTÍCULOS

Artículos más leídos del mismo autor/a