Partner phubbing, satisfação e bem-estar subjetivo: o impacto da tecnologia digital nos relacionamentos

Partner Phubbing, Satisfaction, and Subjective Well-Being: Impact of Digital Technology on Relationships

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17081/psico.23.44.3438

Palabras clave:

partner phubbing, bem-estar, satisfação com o relacionamento, emoções negativas, emoções positivas

Resumen

Objetivo: Este estudo teve por objetivo investigar a influência do Partner Phubbing (Pphubbing) no Bem-Estar subjetivo (BES) e na satisfação com o relacionamento.


Método: Participaram 217 pessoas com média de idade de 25 anos (min. 18, máx. 53 e dp=5,98), sendo 62,2 % do sexo feminino. Estes responderam às escalas de Partner phubbing (Pphubbing), afetos positivos e negativos, satisfação com a vida, satisfação com o relacionamento e questionário sociodemográfico. Os dados foram analisados através do SPSS (v.22).


Resultados: Foi encontrado uma correlação negativa entre Pphubbing e afetos positivos (r= -0,32; p<0,01), satisfação com a vida (r= -0,13; p<0,01) e satisfação com o relacionamento (r= -0,38 p<0,01), como também apresentou uma correlação positiva entre Pphubbing e afetos negativos (r=0,33; p<0,01). Através da regressão, o Pphubbing mostrou influência na satisfação com o relacionamento (β= -0,38; p<0,001), afetos positivos (β= -0,32; p<0,001) e afetos negativos (β=0,33; p<0,001).


Conclusões: Os resultados sugerem que os participantes que sofrem mais phubbing de seus parceiros tendem a ter menos satisfação com o relacionamento, assim como menos Bem-Estar Subjetivo. Assim, este é um artigo com resultados inéditos para o Brasil e um dos poucos no mundo a avaliar quantitativamente o phubbing nos relacionamentos amorosos. Desta forma, contribui para o fomento de futuras pesquisas na área e para o embasamento de intervenções e ações de conscientização acerca do uso saudável do Smartphone.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abeele, M. M. V., Antheunis, M. L., & Schouten, A. P. (2016). The effect of mobile messaging during a conversation on impression formation and interaction quality. Computers in Human Behavior, 62, 562-569. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.04.005

Água, J., Coelho, C., Lourenço, M. G., Patrão, I., & Leal, I. (2018). Partner Phubbing (Pphubbing): Validação Portuguesa. In Actas do 8º Congresso Internacional de Psicologia da Criança e Adolescente (pp.200-201). http://actas.lis.ulusiada.pt/index.php/cipca/article/view/684

Benvenuti, M., Błachnio, A., Przepiorka, A., Daskalova, V. e Mazzoni, E. (2019). Factors Related to Phone Snubbing Behavior in Emerging Adults: The Phubbing Phenomenon. In M. Desjarlais (Ed.). The psychology and Dynamics Behind Social Media Interactions (pp.164-187). https://doi.org/10.4018/978-1-5225-9412-3.ch007

Bradbury, T. N., Fincham, F. D., & Beach, S. R. (2000). Research on the nature and determinants of marital satisfaction: A decade in review. Journal of marriage and family, 62(4), 964-980. https://doi.org/10.1111/j.1741-3737.2000.00964.x

Cachioni, M., Delfino, L., Yassuda, M., Batistoni, S., Melo, R., & Domingues, M. (2017). Bem-estar subjetivo e psicológico de idosos participantes de uma Universidade aberta à terceira idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(3), 340-352. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.160179

Chotpitayasunondh, V., & Douglas, K. M. (2016). How “phubbing” becomes the norm: The antecedents and consequences of snubbing via smartphone. Computers in Human Behavior, 63, 9-18. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.05.018

Cizmeci, E. (2017). Disconnected, Though Satisfied: Pphubbing Behavior And Relationship Satisfaction. The Turkish Online Journal of Design, Art and Communication, 7(2), 364-375. https://doi.org/10.7456/10702100/018

Deusen, A. J. A. M., Bolle, C. L., Hegner, S. M., & Kommers, P. A. M. (2015). Modeling habitual and addictive smartphone behavior. The role of smartphone usage types, emotional intelligence, social stress, self-regulation, age, and gender. Computers in human behavior, 45, 411-420. https://doi.org/10.1016/j.chb.2014.12.039

Diener, E., Emmons, R. A., Larsen, R. J. e Griffin, S. (1985). The Satisfaction With Life Scale. Journal of Personality Assessment, 49, 71-5. https://doi.org/10.1207/s15327752jpa4901_13

Diener, E., Suh, E. & Oishi, S. (1998). Recent findings on Subjective Well-Being. Indian Journal of Clinical Psychology, 2, 25-41. http://psycnet.apa.org/record/1997-43193-002

Erzen, E., Odaci, H., & Yeniçeri, İ. (2019). Phubbing: Which Personality Traits Are Prone to Phubbing?. Social Science Computer Review, 1-14. https://doi.org/10.1177/0894439319847415

Féres-Carneiro, T., & Ziviani, C. (2009). Conjugalidades contemporâneas: um estudo sobre os múltiplos arranjos amorosos da atualidade. Casal e família: permanencias e rupturas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 83-107. http://www.pucrio.br/pibic/relatorio_resumo2010/resumos/ctch/psi/PSI-Vanessa-Polyana.pdf

Figueiredo, L. B. D. (2016). Tinderelas: busca amorosa por meio de aplicativos para smartphones. https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/18981/2/L%C3%ADgia%20Baruch%20de%20Figueiredo.pdf

Giacomoni, C. H. & Hutz, C. S. (1997). A mensuração do bem-estar subjetivo: escala de afeto positivo e negativo e escala de satisfação de vida [Resumos]. Em Sociedade Interamericana de Psicologia (Org.). Anais XXVI Congresso Interamericano de Psicologia (p.313). São Paulo: SIP.

Gillmor, C. S. (2007). Stanford, IBM 650 and the first trials of computer date matching. IEEE annals of the history of computing, 29, 74-80. http://doi.org.10.1109/MAHC.2007.13

González-Rivera, J., Segura-Abreu, L., & Urbistondo-Rodríguez, V. (2018). Phubbing en las Relaciones Románticas: Uso del Celular, Satisfacción en la Pareja, Bienestar Psicológico y Salud Mental. Interacciones, 4(2), 81-91. https://doi.org/10.24016/2018.v4n2.117

Gottman, J. (1998). Casamento: por que alguns dão certo e outros não? São Paulo: Objetiva.

Halpern, D., & Katz, J. E. (2017). Texting’s consequences for romantic relationships: A cross-lagged analysis highlights its risks. Computers in Human Behavior, 71, 386-394. https://doi.org/10.1016/j.chb.2017.01.051

Harrison, M. A., Bealing, C. E., & Salley, J. M. (2015). 2 TXT or not 2 TXT: College students’ reports of when text messaging is social breach. The Social Science Journal, 52(2), 188-194. http://dx.doi.org/10.1016/j.soscij.2015.02.005

Karadag, E., Tosuntas, S. B., Erzen, E., Duru, P., Bostan, N., Sahin, B. M., Culha, I., Babadag, B. (2015). Determinants of phubbing, which is the sum of many virtual addictions: A structural equation model. Journal of Behavioral Addictions, 4(2), 90-74. https://doi.org/10.1556/2006.4.2015.005

Kardefelt-Winther, D. (2014). A conceptual and methodological critique of internet addiction research: Towards a model of compensatory internet use. Computers in Human Behavior (31:1), pp.351-354. https://doi.org/10.1016/j.chb.2013.10.059

Kayiş, A., Satici, S., Yilmaz, M., Şimşek, D., Ceyhan, E., & Bakioglu, F. (2016). Big five-personality trait and internet addiction: A meta-analytic review. Computers in Human Behavior, 63, 35-40. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.05.012

Kim, Y., Jeong, J., Cho, H., Jung, D., Kwak, M. Rho, M. J., Yu, H., Kim, D. e Choi, Y. (2016). Personality factors predicting smartphone addiction predisposition: Behavioral inhibition and activation systems, impulsivity, and self-control. Plos One, 11(8). https://doi.org/10.1371/journal.pone.0159788

Lenhart, A., & Duggan, M. (2014). Couples, the internet, and social media. Pew Internet and American Life Project. https://www.pewinternet.org/2014/02/11/couples-theinternet-and-social-media/

Lucas, R. E., & Diener, E. (2015). Personality and subjective well-being: Current issues and controversies. In M. Mikulincer, P. R. Shaver, M. L. Cooper, & R. J. Larsen (Eds.), APA Handbook of Personality and Social Psychology: Volume 4. Personality processes and individual diferences (pp.577-599). Washington, DC, USA: American Psychologica Association. https://psycnet.apa.org/record/2013-35883-029

McDaniel, B. T., & Coyne, S. M. (2016). “Technoference”: The interference of technology in couple relationships and implications for women’s personal and relational well-being. Psychology of Popular Media Culture, 5(1), 85-98. http://dx.doi.org/10.1037/ppm0000065

Mcquarie (2017). Mcquarie Dictionary: Australia’s national dictionary. Sydney, Australia: Mcquarie Dictionary Publishers. Meirelles, F. D. S. (2019). 30º Pesquisa Anual do Uso de TI. https://eaesp.fgv.br/sites/eaesp.fgv.br/files/pesti2019fgvciappt_2019.pdf

Misra, S., Cheng, L., Genevie, J., & Yuan, M. (2016). The iPhone effect: the quality of in-person social interactions in the presence of mobile devices. Environment and Behavior, 48(2), 275-298. http://doi.org/10.1177/0013916514539755

Oduor, E., Neustaedter, C., Odom, W., Tang, A., Moallem, N., Tory, M., & Irani, P. (2016). “The frustrations and benefits of mobile device usage in the home when co-present with family members,” in: Proceedings of the 2016 ACM Conference on Designing Interactive Systems- DIS, pp.1315–1327. http://willodom.com/publications/DIS2016/p1315-oduor_DIS2016.pdf

Ofcom. (2015). The communications market report 2015. England. https://www.ofcom.org.uk/research-and-data/multi-sector-research/cmr/cmr15

Patrão, I. & Sampaio, D. (2016). Dependências Online: O Poder das tecnologias. Lisboa: Pactor. https://issuu.com/lidel/docs/9789896930608_depend__ncias_online

Perasso, V. (2016). O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas vidas. BBC. http://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309

Portella, M. R., de Moura Scortegagna, H., Pichler, N. A., & Graeff, D. B. (2017). Felicidade e satisfação com a vida: voz de mulheres adultas e idosas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, 14(1). https://doi.org/10.5335/rbceh.v14i1.5960

Proulx, C. M., Helms, C. M., & Buehler, C. (2007 ). Marital Quality and Personal WellBeing: A Meta-Analysis. Journal of Marriage and Family, 69, 576-593. https://doi.org/10.1111/j.1741-3737.2007.00393.x

Przybylski, A. K., & Weinstein, N. (2013). Can you connect with me now? How the presence of mobile communication technology influences face-to-face conversation quality. Journal of Social and Personal Relationships, 30, 237-246. https://doi.org/10.1177/0265407512453827

Rainie, L., & Zickuhr, K. (2015). Americans’ views on mobile etiquette. Pew Research Center, 26. https://www.pewinternet.org/2015/08/26/americans-views-on-mobile-etiquette/

Roberts, J. & David, M. (2016). My life becomes a major distraction from my cell phone: Partner phubbing and relationship satisfaction among romantic partners. Computers in Human Behavior, 54, 134-141. https://doi.org/10.1016/j.chb.2015.07.058

Rusbult, C. E. (1983). A longitudinal test of the investment model: The development (and deterioration) of satisfaction and commitment in heterosexual involvements. Journal of Personality and Social Psychology, 45, 101-117. https://doi.org/10.1037//0022-3514.45.1.101

Shaughnessy, J. J., Zechmeister, E. B., & Zechmeister, J. S. (2012). Metodologia de pesquisa em psicologia. Brasilia, Brasil: AMGH Editora.

Snyder, C. R., & Lopez, S. J. (2009). Psicologia positiva: uma abordagem científica e prática das qualidades humanas. (R. C. Costa, Trad). São Paulo: Artmed. Teixeira, I. N., & Freire, S. E. A. (in press). Partner Phubbing Scale: Evidências de Validade e Precisão.

Turkle, S.(2011). Alone together: Why we expect more from technology and less from each other. New York:Basic Books. http://alonetogetherbook.com/

Ugur, N & Koc, T. (2015). Time for Digital Detox: Misuse of Mobile Techonology and phubbing. Social and Behavioral Sciences, 195, 1022-1031. https://foi.org/10.1016/j.sbspro.2015.06.491

Umaña, C. M. (2007). Perspectiva psicológica del bienestar subjetivo. Psicogente, 10(18). http://revistas.unisimon.edu.co/index.php/psicogente/article/view/1559

Viacana, J. J. C., Francisquetti, J. Q., Lima, L. R. D. S., & de Oliveira Junior, E. (2016). Preciso mexer no celular: a influência do autocontrole e da depleção do ego no uso de smartphones. Revista Brasileira de Marketing, 15(1), 113-132. https://doi.org/10.5585/remark.v15i1.2881

Wachelke, J. F., de Andrade, A. L., Souza, A. M. & Moraes, R. (2007). Estudo complementar da validade fatorial da escala fatorial de satisfação em relacionamento e predição de satisfação global com a relação. PsicoUSF, 12(2), 221-225. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712007000200010

Wang, X., Xie, X., Wang, Y., Wang, P., & Lei, L. (2017). Partner phubbing and depression among married Chinese adults: The roles of relationship satisfaction and relationship length. Personality and Individual Differences, 110, 12-17. https://doi.org/10.1016/j.paid.2017.01.014

Watson, D., Clark, L. A. & Tellegen, A. (1988) Development and Validation of Brief Measures of Positive and Negative Affect: The PANAS Scales. Journal of Personality and Social Psychology, 69, 719-727. https://doi.org/10.1037/0022-3514.54.6.1063

Zanon, C. & Hutz, C. S. (2014). Escala de afetos positivos e negativos (Panas). In Hutz, C. S. Avaliação em Psicologia Positiva. Porto Alegre: Artmed.

Publicado

2020-06-05

Cómo citar

Teixeira, I. do N., & Freire, S. E. de A. (2020). Partner phubbing, satisfação e bem-estar subjetivo: o impacto da tecnologia digital nos relacionamentos: Partner Phubbing, Satisfaction, and Subjective Well-Being: Impact of Digital Technology on Relationships. Psicogente, 23(44), 1–15. https://doi.org/10.17081/psico.23.44.3438

Número

Sección

ARTÍCULOS